Sei que ando muito longe daqui, mas é que começou as aulas como eu disse e a correria de sempre, mas bem hoje vim mostrar um texto que amei da Jana Rosa. É muito verdade o que ela disse, e umas coisas eu já fiz tipo: ir ao show de uma banda indie só porque o boy estaria lá e claro quando não sabia o que vestir. *Tá eu faço faculdade de Design de Moda, mas às vezes tem aqueles dias que não está nada bem eu coloco meu shortinho jeans, camiseta e all star, e vou para faculdade, shopping e vou para vida assim!* ... hahaha
"A moda tem seus mistérios e fenômenos e faz um tempo que um deles aconteceu comigo. Bem, não sei se posso dizer exatamente que é um fenômeno da moda, da vida ou um feitiço que me colocaram. Mas vejam se já aconteceu algo parecido com vocês. Tudo começou como se fosse por causa do verão, mas foi por causa de boy. Tem isso também, achei que quando acabava a adolescência a gente parava de fazer coisas estúpidas, tipo ir no show de uma banda indie que tem quatro fãs pra tentar ver um cara, mas é tudo lenda, a gente é assim pra sempre. Mas enfim, já que não preciso mentir que foi a Sabrina Sato que me encorajou, confesso logo que foi pra tentar fisgar HT’s que comprei meu primeiro microshorts jeans depois de tantos anos. Atentem para meu caso em específico: como pessoa “das modas” que sou, passei anos hostilizando shortinhos, barrigas de fora, viscolycras e tudo que não fosse ultrahypePradavintagerendaladylikemaxivolume. Então o fenômeno começou já quando ignorei o que Karl Lagerfeld diria e comprei aquele “shortinho”, beeeem lavado, beeeem curtinho, rasgadinho e com bolsos aparecendo pra fora de tão pequenininho. No começo usava só em situações extremas, tipo ir na festa que o paquera xis estaria, com o que chamo de “fantasia eu não sou da moda, eu sou legal”, que vem a ser um combo do shorts com blusa semi decotada (também hostilizada por muitos fashionistas), all star e brincão de argola. E make nada e cabelo preso com um rabo normal. Um look completo que seria barrado na porta do SPFW, falem a verdade. Sem querer desdenhar as passarelas, porque eu sei que a gente amaria ter dinheiro para comprar tudo que vê lá, mas com o passar do tempo comecei a gostar mais do meu “shortinho” do que da Miu Miu. E o acontecimento foi tão sobrenatural, que comecei a achar que ter uma marca de músculo na lateral da perna quando você anda usando o seu é mais legal do que fazer um “achadinho de it bag em um outlet de NY”. Hoje não me vejo mais sem aquele micro pedaço de jeans, ele era um acessório na caça aos gatinhos, mas agora ele transcendeu e virou uma peça-chave, que me acompanha na vida, de dia e de noite. Já imagino nós dois no SPFW e eu gritando: Respeitem meu “shortinho” jeans, sou da moda mas eu o amo! Tem o fato também que a gente fica mais feminina, ou mais gostosa pra ser sincera, mais divertida e mais jovem, como se tivesse 19 anos pra sempre. As vezes penso: com que idade devemos parar de usá-lo? Mas ainda acho que ele é eterno, pra fazer a gente ser piriguete no Carnaval, gatinha da balada ou a mais bonita do shopping (moro ao lado de um e fico vendo essa competição maravilhosa). O microshorts jeans me deu uma onda, esse é o fenômeno que me aconteceu, não tem saia midi que substitua a sensação de ser meio piriguete, meio “acordei assim e me vesti de qualquer jeito”, não tem mais uma pele fake de onça que faça meu coração bater mais rápido do que a vontade de fazer um legpress na academia pra usar cada vez um shorts menor. Juro, é tipo desaprender os mandamentos da Anna Dello Russo, e é tão bom. E sobre os meninos, bem, eles amam muito as meninas de shortinhos jeans mesmo. E você ganha a confiança deles, muito mais do que se tivesse de coleira Céline, óbvio! E pode ser também que ganhe o cara em questão, mas cuidado, porque esse tipo de traje atrai muitos trastes e boys lixo. Mas isso é um outro fenômeno a ser estudado, bem mais complicado. "
Espero que vocês tenham gostado do texto tanto quando eu.
